Cá estou sozinha mais uma vez, fazendo juramentos a mim mesmo para não deixar levar por palavras, não cair no conto do príncipe encantado e nem esperar algo de alguém que eu não possa dar a mim mesmo. Será até quando vai durar esse dilema, eu não quero ninguém e quero alguém que possa me mostrar que não é só mais um alguém, eu não desejo ter alguém ao meu lado, mas sonho todos os dias com o tal conto de fadas que eu li, não sei se quero ou não quero, não preciso, mas espero. Estranho não? Você me causa toda essa confusão e some der repente sem dizer um adeus, um “tchau amor, dorme bem, sonhe comigo porque sonharei com você”. Por que dessa vez a despedida foi diferente? Suplico uma explicação, desejo uma reação, telefone não sai da minha mão, mensagens instantâneas não se fecham um minuto, o ultimo suspiro só darei depois de uma palavra sua, até quando esperarei que você diga algo, nem que seja um adeus descente, aquele ultimo não me convenceu; da sua boca saía injúrias mas não era isso que transparecia em seus olhos, na verdade eles me pediam para nunca te abandonar, me pediam um abraço apertado e um: “calma amor, vai ficar tudo bem”. Tento te gritar não consigo, da minha boca só sai suspiros abafados pelo meu orgulho que não deixa ir atrás, devo ou não devo? Dúvida cruel, livros de auto-ajuda dizem: “Não seja grudenta”, isso é grude? Isso é desespero? Isso é amor, que quando não acontecido da forma que desejamos torna-se algo desesperador, muita dor. Saudades é fraco, parece clichê, frase de música, mas saudade não define o que hoje eu sinto de você.